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Organização e maior controle podem melhorar o status sanitário brasileiro


Segunda-feira, 16 de maio de 2016 - 05h25


O Brasil, líder em exportação de carne bovina e dono de um rebanho de 212,00 milhões de bovinos e bubalinos, está há uma década sem focos de febre aftosa. De acordo com o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, no segundo semestre de 2015, a vacinação contra a doença atingiu um índice de cobertura de 98,17%. Porém, apenas o Estado de Santa Catarina é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação.


Santa Catarina possui um sistema mais organizado


Jorge Espanha, presidente da Merial Saúde Animal no Brasil, afirma que o status sanitário na pecuária brasileira vem evoluindo gradativamente. “Se compararmos 10 anos atrás com o que temos agora, o crescimento foi rápido”, diz Espanha. Embora o Brasil, de modo geral, tenha evoluído no combate à febre aftosa, Espanha analisa que Santa Catarina saiu na frente das outras regiões por ter um sistema mais organizado. “O controle sanitário do Estado é melhor do que em outros”, afirma Espanha.


Para Pedro Bacco, diretor de Grandes Animais da Merial, o status sanitário brasileiro pode avançar mais. “Nós temos tecnologia, temos uma genética bastante positiva, temos a parte de alimentação que evoluiu bastante no Brasil e também saúde animal.” Para Bacco, o desafio é que os órgãos estaduais tenham planos de ação para garantir que no futuro o Brasil tenha maior controle sanitário. “O grande problema do Brasil são as extensões rurais. Quando você vai para o Centro-Oeste e Centro-Norte tem propriedades muito espalhadas e animais que não têm contato com o produtor”.


As fronteiras ameaçam


Além disso, as fronteiras com os outros países da América Latina ainda representam um risco para a segurança do rebanho brasileiro, principalmente por não terem políticas sanitárias em conjunto. “Tem gente que faz muito bem o trabalho, como o Uruguai. Eles levam a exportação de carne como um tema de segurança nacional”, diz Espanha. Ele pondera, porém, que ter como vizinhos a Venezuela e o Paraguai pode ser um problema. “É uma fronteira totalmente vulnerável”, afirma Espanha.


Fonte: Farming. Naiara Araújo, 12 de maio de 2016.



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